quarta-feira, 28 de abril de 2010

I did my time

Um fogo aterrorizante
Existente em minhas próprias veias
A condenação sublime
O mal caminho escolhido
Todos os medos enterrados

E eu sei, eu sei que terei que aguentar...
Todos os sussurros entrecortados
Todos os buracos tapados

E se eu ignorar esse dia
Eu poderei ser alguém
Estou tão cansada do seu estúpido ódio
Que eu poderia dormir dias e dias sem fim

Eu não posso fugir do meu inferno congelado
Porque estou presa nele.
Afundada, sem vida, isolada
Posso fugir dos dias, mas não de você.

O tempo não passa, ele parou junto comigo
Não estou sentindo nada, meus pés estão frios
Tudo sai do lugar, tudo vem me banalizar
E eu não acho que vou resistir

Posso correr ou lutar,
Cair ou insistir
Mas uma coisa não vai mudar:
O inferno congelou,
E estou presa nele.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

In the cold light of morning

Um olho aberto, depois outro. Uma respiração tensa, assustada, rápida. Uma batida de coração.
Depois,o silêncio.
É assim toda manhã, todo despertar. O frio era mais uma prova de que tudo seria do mesmo jeito, nada mudaria. Não hoje, não nunca.
Um jeans, uma camiseta, um tênis.
Um casaco. Um par de luvas.
Detalhes de uma vida monótona, de uma existência forçada. Assim como uma manhã fria de abril, espera-se que o sol saia, mas tudo o que temos é uma chuva fina, mas que ainda molha. Tudo poderia ser acabado rapidamente se houvesse mais alternativas. Se houvesse a incerteza, se a dúvida pudesse ser plantada. Uma semente sequer, que pudesse ser regada todos os dias, atéestar grande o suficiente para dar frutos. Mas não há dúvidas, tudo está muito certo, tudo está preparado. Por mais que o fim seja odioso, ele sempre começa com as cenas certas. Como eu disse, tudo organizado. Todos os detalhes envolvidos, todas as linhas quebradas, todos os caminhos seguidos.
Nada de fins rápidos.
Há o drama teatral, a dor da perda, as lágrimas. Tudo minuciosamente pensado.
Afinal, era mais uma manhã fria de abril.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Eu.Estou.Enlouquecendo.
Eis um fato. Com três E's.
Você pode me ajudar agora? Antes que eu caia?
Mas...E se eu não quiser a sua ajuda?
E se você cair?
Tente me entender... Não estou mais em paz.
Então, por que não acabar com isso?
Não será rápido,nada disso. Ainda tenho muito tempo. Ainda há muita dor para cultivar.
Mas afinal, por que diabos você se importa?
Não venha fingir que me ama. Não venha me falar de amor enquanto eu falo de ódio, como se isso representasse tudo aquilo que nós somos. No fundo, isso não passa de uma farsa, uma convivência conveniente. Ainda temos tempo para acabar com isso, ainda podemos ir embora. Somos tão jovens! Não importa o que está acontecendo comigo agora, eu não vou dvidir com você. Estou tão cansada, preciso tanto dormir, preciso não voltar mais à consciência.
Eu posso? Eu devo?
O que vale mais?
Toda essa vontade de correr, toda essa vontade de não lembrar, de sentir tudo cessar.
Valeria a pena passar por tudo isso de novo?
Por favor,por favor, não me faça tentar. Eu não acho que posso suportar essa dor de novo. A solidão é preferível, é honesta, não vai me deixar. Eu não posso arriscar esse futuro sólido por algo que provavelmente vai me ferir.
Eu sinto muito.

...Even in death our love goes on

Estou abandonando minha sensatez para mergulhar num barco naufragado. Estou deixando os sorrisos para poder ficar com as lágrimas. Estou abraçando a dor,deitando sobre a saudade, estou de mãos dadas com a tristeza.
Eu vejo as pessoas sonhando na cama,deixo-as sorrindo enquanto saio pela janela para o frio noturno. Se você estiver na cidade,apareça,eu me dedicarei pessoalmente para te fazer sonhar.
Vou cicatrizar todas as suas feridas, vou te tirar destes becos...Oh, como é doce seu sorriso,meu amor, como é bom sangrar por você.
E apesar de lembrar de todas as suas promessas vazias, eu ainda estou aqui morrendo de compaixão. Nunca iremos nos separar meu querido, nunca, nunca, nunca...
Você permanecerá aqui...
Somos abençados pelo diabo, meu querido. Ninguém vai nos tirar daqui.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

So much better

"E se a resposta pra tudo estivesse nas suas mãos? E se a fuga que você tanto busca estivesse nesse frasco? O que você faria?"

As vozes se pronunciam novamente,expondo suas opiniões. Todas elas querem me dizer o que fazer, mas eu não me importo. No fundo, eu já sei o que vou fazer, o que significa que vou fraquejar novamente. Os motivos são palpáveis, está no ar, bem à vista de qualquer um. Eu poderia tentar esconder, eu poderia mesmo. Mas não vou. é uma ótima oferta, mas não vou aceitá-la. Não sou uma barbie, não fico sorrindo o tempo todo e bancando a idiota sem cérebro. Eu vou sentir intensamente cada sentimento,vou ouvir cada palavra, beber cada gota de sangue que sai de mim.  Vou ficar com todo esse vazio, tão consolador, tão honesto. Eu estou aqui, mostrando-me, nua e tão vazia, enquanto você finge ser feliz, fazendo o papel de barbie social. É admirável sua coragem, devo ressaltar essa vírgula, porém é absurdamente mesquinho. Enoja-me ver a que ponto a situação chegou, a que extremo você foi para me abrir esse buraco. Sim, eu estou no fundo do poço, sem enxergar qualquer luz, mas ainda estou viva. O buraco é a prova de que tudo realmente aconteceu, de que toda a dor valeu a pena, de que cada pedaço de tempo não foi em vão. Eu aprendi a não esperar, a não tentar, a abandonar a esperança, tão inutilmente solitária. O coração ainda funciona, e cada batida, cada fração de segundo, dói terrivelmente. Respirar causa dor, como um quase afogamento, uma busca incessante por mais vazio, por mais nada. 
O futuro não desperta mais interesse, ele é monótono. Eu estou enlouquecendo, quebrando todas as regras, cometendo um suicídio em câmera lenta, e você está aí, parado, todo certinho, fazendo tudo o que te mandam, como um cachorrinho de madame. Eu estou respirando com dor, não estou tentando esquecer nada, e você está passando por cima de tudo, como se a sua ponte não fosse cair um dia.
Oh querido, eu te conheço melhor do que pensas, porque eu me conheço, e te vejo refletido em mim. Meu pequeno e doce hipócrita, tente fugir de si mesmo,e veja quão profundo será o corte depois. Olhe nos meus olhos, diga como está feliz, como será bom ter uma vida sem problemas, tão tranquila, sem erros. Engane-se mais e mais a cada dia, não busque nada, seja todo mundo, esqueça você. Vamos lá, é apenas uma sugestão, um palpitar de opinião, um finito particular.
Ainda estou esperando a resposta... Ainda consegue me ver?
Estou bem diante dos seus olhos.

sábado, 17 de abril de 2010

...E não me venha dar sermão :D

Estou definhando. Assim como o meu cigarro diminui enquanto eu fumo, minha vida está se esvaindo rápido demais,e eu não me sinto culpada por isso,nem um pouco. Estou me matando, e estou feliz, estou bem. O problema é meu, a dor é minha, a errada sou eu. Estou me matando porque é isso que mereço, é isso que quero,isso que preciso.
Garrafas e mais garrafas estão vazias do meu lado, mas ainda não é o suficiente. As lágrimas só se acumulam enquanto escrevo aqui e agora, caindo aos pedaços. A roupa está amassada, estou com frio, e estou prestando atenção em mais detalhes do que gostaria de estar. Não consigo afastar esses malditos pensamentos, esses únicos sonhos, essa única pessoa de mim. Eu estou definhando,e não é sem motivo. Eu sou fraca, inócua e inútil. Ainda estou aqui,parada, esperando minha vida acabar, enquanto os outros estão lá fora, vivendo. E ainda não consigo me sentir mal por isso. Afinal,que mal há? Estou apenas morrendo, existem mais 6 bilhões de pessoas no planeta. Não importa quantos morram, sempre terá alguém para substituir.
O tempo não nos cura. Ele nos mata.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Dedicatória

Ontem eu chorei. Não foi de felicidade, nem de dor, foi de saudade. Chorei porque precisava, porque me senti viva novamente. Chorei por puro alívio e egoísmo, chorei sozinha, não quis ninguém. A noite me acalentava, me aquecia, tirava todo o enorme vazio de mim. Por uma única noite, eu senti todo esse enorme vazio sem participar dele, não senti dor. Foi como se tivesse experimentado meu próprio veneno, mas sem a necessidade de morrer. Foi por pura resignação. Não uma fraqueza, mas uma força, uma coragem repentina.
Aliás, é um imenso prazer saber que, apesar do que me transformei, ainda sou capaz de algo nobre como chorar. Não quero e não vou mostrar minhas lágrimas a ninguém, elas são minhas, o meu segredo comigo mesma. Meu vazio só aumenta, e eu não quero mais respirar e sentir esses pedaços que flutuam por sobrevivência, querendo fugir dessa malição, dessa doce e terrível maldição. E é a certeza de que nunca mais vou ficar bem que me corta mais, a certeza de que nunca vou ser capaz de cicatrizar tudo isso. Assim como você se foi, jovem demais, eu também quero ir, ficar perto de você, voltar a sorrir. Meu ponto de paz e inspiração, você faz muita, muita falta.
Meu irmão,meu Diamond Potter, meu Kevin.
⋆ 13.O4.1993 // † 2O.O8.2OO8

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Lobotomia de palavras

Pensando no meu presente, recordando o passado e almejando o futuro,cheguei à conclusão de que não sou nada nem ninguém sem você...
A sineta toca, dando início a mais uma aula. Tem prova,mas não estou me importando muito. Esse é o menor dos meus problemas.
Ouço o professor explicar e explicar, mas não consigo me concentrar. A cabeça está longe, está nas palavras perdidas em lugar nenhum, está nas vozes vindas de ninguém.
Tento entender toda essa angústia, busco motivos para aceitá-la. Viajo no espaço, no meu infinito particular, mas é apenas uma viagem incompreensível e sem sentido. As vozes gritam, mas todos falam ao mesmo tempo e rápido demais, não dá para parar.
Entenda, eu realmente quero sair dessa situação, mas eu nao posso. Eu prometi. E, apesar da dor, é essa promessa que faz meu coração bater, o sangue pulsar nas veias, o pulmão respirar. As palavras fogem do controle, me escapam, me amam, me odeiam.
As minhas lembranças me sufocam, me prendem, me matam. Vou fazer uma lobotomia de palavras, e assim eu paro de respirar, e volto a viver.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Rostos,vozes,emoções
olhares,amigos,amores.
Fico olhando essas palavras. Esta não é a resposta,eu sei,mas não consigo evitar. Está tudo aqui escrito, bem diante dos meus olhos, não há como ignorar. A sensação é estranha, como um fantasma te perseguindo, como um animal querendo o seu sangue. O coração acelera, os pensamentos ficam avoados, a vista turva. Tudo fica rápido demais, enquanto eu penso em como seria bom se tudo desacelerasse até parar...
Perder os sentidos, simplesmente não pensar... Cair no meu abismo, não enxergar mais a luz, falsa esperança. Eu poderia ter paz, se simplesmente não sentisse. Eu teria uma garrafa de vodca como companhia, e não mais essas estúpidas emoções.
É, eu acho que virei uma covarde.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

My sweet prince

Hoje quero descrever como estou me sentindo: estou chorando feridas que nunca cicatrizam...Posso eu encontrar um salvador verdadeiro ou estou apenas sonhando demais?
Sem hesitação e sem drama, engulo toas as drogas que você me oferece. Nunca quis ficar na abstinência, a loucura da areia movediça é melhor.
Observar a gravidade na minha cabeça, sem escapatória... Cair dura no chão, e ver o teto girar,com fones no ouvido tocando um som pesado, gosto de imaginar você se aproximando.
E quando a lucidez me atinge, e fico com medo de ficar sozinha, a raiva aparece e me consome, porque eu quero você, e tudo o que tenho é essa maldita dor de cabeça, e estou chegando ao fundo, sozinha, sozinha, sozinha...
Estou partida em dois,e uma parte de mim já morreu.

domingo, 11 de abril de 2010

2:05 da manhã,e ainda estou acordada,vendo TV. Um programa qualquer passa, mas não estou com ânimo para mudar de canal.A insônia não me abandona mais, e isso só aumenta o meu desânimo. As lágrimas se formam aos montes em meus olhos, mas nenhuma cai. Não vale a pena, é apenas ela,pensam, e ficam em seus lugares, quietinhas.
Insensível? Sim,eu sou. Melhor dizendo, me transformei em uma,para aguentar o tranco. E amanhã eu irei levantar como se nada tivesse acontecido e farei o café, fumarei um cigarro e olharei pela janela para ver os carros passando, como faço em todas as malditas manhãs que acordo pensando em como seria bom não acordar.
Uma maquiagem borrada suja meu rosto,e eu passo a mão nos olhos, tentando me livrar daquilo. O sono finalmente começa a chegar, mas por algum motivo ele vem acompanhado de angústias, dores e agonia.
Talvez,desta vez... eu não acorde mais.

sábado, 10 de abril de 2010

Respire...apenas respire...Respire...

Os dedos pousam nas teclas, mas nenhum som sai. Ela fecha os olhos amargurada, triste. Uma melodia começa, mas não há nenhuma emoção ali. O piano segue as ordens de sua mestra, mas emana frieza, velhice. Retratos empoeirados na parede mostram uma felicidade há muito esquecida, há muito apagada, há muito... abandonada. Está anoitecendo, não há nenhuma luz no quarto, e as sombras se tornam cada vez maiores.
A melodia continua, e a pianista sorri um sorriso frio e distante, completamente sem vida. As lágrimas caem, peroladas e salgadas, mas ela não as sente, ou então se esforça muito para não sentir, porque ela está cansada das emoções, cansada de se entregar, de buscar e nunca alcançar, de sentir sozinha.
Aliás, para que sentimentos? Eles apenas machucam! A melodia se tornava mais agressiva a cada nota, e seus dedos poderiam sangrar, tamanha era a sua dor. Seu sorriso, no entanto, não desaparecia, porque ela aprendera a sorrir sempre, a mentir, fingir.
E ela tocava, chorava, sorria, pensava. Seu frenesi era intenso, libertador, incontrolável. A cabeça girava, e ainda sem abrir os olhos, foi suavizando a canção, até seus dedos tocarem uma última vez no amado piano. Chega de lembranças felizes.
Era tudo passado, e ela estava pronta para o futuro.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

If you're there,beware

Já são quase cinco da manhã, e ainda estou aqui parada. Flutuo entre o sonho e a realidade, e não sei dizer qual é qual. Meus olhos estão vidrados no nada, mostrando que não estou prestando atenção. Por que ainda insisto em esperar? O sol tinge de vermelho o horizonte, mas ele não me aquece. Minha sombra aparece, e me pergunto se EU não sou uma sombra: apagada, quase inexistente, porém escura quando há luz. Fujo de pensamentos proibidos, tão presa, enclausurada dentro da minha mente.
Correr, correr, correr.
Como uma brincadeira de criança, faço e falo coisas sem pensar, brinco de viver. Com meus olhos castanhos inocentes, eu iludo, traio, minto, beijo... beijo... E tudo isso apenas com a casca que esconde a minha malícia, meus pensamentos, minhas emoções...
E cair, cair, cair...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Fugindo de mim

Estou fugindo de fotos,lugares e rostos. Estou fugindo de cheiros, de vozes, de risos,de vontades. Estou fugindo de lembranças, de sábados solitários, de livros e autores. Estou fugindo do amor, da paixão, do ciúme, do prazer. Estou fugindo dos sons, das flores, dos bombons e presentes. Estou fugindo da imaginação, da escrita, dos beijos e abraços, das opiniões.
Resumindo...Estou fugindo de mim.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Especial

Obs: Esse texto NÃO é meu,é de uma amiga que me pediu pra publicá-lo (:

Era uma tarde fria e escura e eu estava sozinha, sem esperança,achando que a vida não tinha sentido.Que nenhum caminho era o correto e ninguém seria capaz de me amar!
Logo começo a tentar mudar, não ser mais tímida, correr atrás dos meus sonhos sozinha e fazer a diferença!
Mas logo caio,são ilusões, decepções atrás de decepções. Aí falo e agora? O que farei? O que será? Desistir dessa vida? Prosseguir?
Então resolvo buscar algo diferente! Algum amigo que possa me mostrar no que estou errando...
Encontro então Benny Him!  Um amigo bom, que sempre tentou me mostrar a diferença, e eu nunca quis! Mas agora, minha alma grita por isso!
Benny e eu temos uma ótima conversa, e logo algo toma conta de Benny e ele parece não falar por si só! Eu choro,choro,e entendo o que ele quis me mostrar todo esse tempo!
Assim aceito,vivo, e sinto algo maior morando em meu coração! E entendo que eu nunca conseguiria mudar sozinho, mas poderia aceitar a verdade e dar o passo para TE aceitar!
(Stefanie da Costa)

Sad but True

A felicidade.
Duas pessoas.
Um sonho.
Tic-tac,tic-tac. O despertador toca, e eu retorno ao pesadelo da vida real. levanto,ainda zonza de sono, e olho pela janela.
Coincidentemente, o tempo está me refletindo: frio e nublado. Uma chuva fina molha a janela,e eu fecho os olhos, desejando dormir novamente.
Duas pessoas.
O sonho.
Uma lágrima percorre meu rosto, meu coração e minhas lembranças. As pessoas são tão mentirosas. O tempo não cura todas as feridas. O tempo só piora tudo, não cicatriza, só deixa marcas que não podem ser apagadas...
Se eu pudesse só esquecer, tudo ficaria bem...
Uma dose. É disso que eu preciso.
Só mais uma.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Mais um dia. Observo tudo ao redor sem, contudo, prestar atenção. Um diário aberto no meu colo espera uma explicação, uma palavra de consolo qualquer. Busco palavras pra descrever o que sinto, mas não encontro nenhuma.
Não pode ser amor. Amor é muito mais puro.
Não pode ser ódio. Ódio é muito mais forte.
Não pode ser paixão. Paixão é muito mais intensa.
O que é isso,então?
Fragmentos de felicidade me mostram tudo o que eu tinha e perdi... Lembranças que corroem pouco a pouco e machucam mais do que aparentam...
Não há mais força pra esconder, pra fingir e fugir disso... O cansaço me venceu, me fez cair, me provou que não sou absolutamente nada nem ninguém...
Posso chorar, mas minhas lágrimas serão inuteis.
Posso falar, mas ninguém vai ouvir minha voz.
O que fazer então?
Escrever.
Deixar de lado todos os medos e mostrar o que há realmente dentro de mim...Buscar forças pra continuar, mesmo sem ser feliz. Olhar para os lados e prestar atenção, renascer as cinzas.
Olhar nos olhos das pessoas e dizer: "É,eu vou sobreviver."

domingo, 4 de abril de 2010

Meu infinito particular

Morte. Depressão. Ódio. Amor.
 Afinal, o que me dá forças pra continuar? Eu preciso sentir? Preciso mesmo continuar respirando? O que diabos tô fazendo aqui? O que estou fazendo de errado?
Doeria morrer?
Egoísmo.
E quem fica, o que faria? Doeria ficar?
Dor.
Cada lufada de ar que chega ao pulmão é um diferente tipo de dor. Um punho de ferro, uma facada, um tiro. É como se eu girasse em torno da minha dor, e não a dor em torno de mim.
Eu poderia esquecer, é claro. Esquecer seria tão nobre! Esquecer significaria uma segunda chance. De viver.
E seria realmente viver? Ora, não sejamos tolos.
Isso seria esquecer de viver.
Porém,eu ainda iria existir. Isso as faria felizes, de qualquer forma. As pessoas, quero dizer.
E então, o que fazer?
Questão única, poderosa, definitiva. Única escolha, única aposta, dupla opção.
E claro, o medo de errar.
Não medo de morrer, nada disso. Morrer é indolor. É medo das coisas que ficam pra trás, das coisas que se pode perder.
Perder, perder, perder. Sempre com a doce ilusão de ganhar. Inútil esperança, inútil amor, inútil vida.
No final, tudo será rápido.
Fácil. Tranquilo.
E não haverá escolha. Apenas aceitação.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Foda-se o que você pensa e
Foda-se o que você fala
Essa é minha vida, minha cabeça, meu coração,
Eu comando, eu penso, eu sinto
E não importa o que falam, ou a minha maldita reputação
Isso é apenas sobre mim
E vou fazer o que quiser.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Chega. Eu não posso mais continuar. Não posso mais esconder minha saudade, segurar minhas lágrimas, exibir meu sorriso. Eu não quero mais fingir, buscar algo que não quero, ir além. Eu paro aqui, caio e me quebro em milhões de pedaços, em pedaços e cacos.
Pudera eu ter quem quero, ou melhor, ser quem quero.
Mandar tudo pro inferno e expôr minha opinião, mostrar que tenho ideias e ideais, e me livrar de toda essa hipocrisia e futilidade que me cerquei por puro medo de sofrer.
Me protegi, mas a troco de quê? Um copo de cerveja no bar? Uma noite de "alegria" ?
Game Over. Eu não quero mais me comportar assim.

"Oportunidade que eu diria rara de chamar seu nome e cuspir na cara. Então todos ao DIABO, antes que eu me esqueça."
(Matanza)
Um cigarro.
Um isqueiro.
Um copo de vodca.
Eu.
Uma roupa qualquer, um sorriso insincero, uma voz triste. Resumos de qualquer pessoa, qualquer situação. Um vestido dobrado, um jeans rasgado, palavras, palavras, palavras.
É o fim do mundo?
É o nosso fim?
Eu poderia mentir, ser uma ótima atriz, demonstrar felicidade. Eu poderia dizer que a vida é bela, que agradeço por viver mais um dia. Mas não vou. Eu não acho que a vida é bela, nem que tenho que agradecer por mais um dia. Realismo? Sim. Pessimismo? Talvez. O que importa é que apenas sobrevivo, dia após dia, independente das situações.
Aqui, minhas palavras ganham vida. Lá fora, são apenas palavras.