A sineta toca, dando início a mais uma aula. Tem prova,mas não estou me importando muito. Esse é o menor dos meus problemas.
Ouço o professor explicar e explicar, mas não consigo me concentrar. A cabeça está longe, está nas palavras perdidas em lugar nenhum, está nas vozes vindas de ninguém.
Tento entender toda essa angústia, busco motivos para aceitá-la. Viajo no espaço, no meu infinito particular, mas é apenas uma viagem incompreensível e sem sentido. As vozes gritam, mas todos falam ao mesmo tempo e rápido demais, não dá para parar.
Entenda,
As minhas lembranças me sufocam, me prendem, me matam. Vou fazer uma lobotomia de palavras, e assim eu paro de respirar, e volto a viver.
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