quarta-feira, 14 de abril de 2010

Lobotomia de palavras

Pensando no meu presente, recordando o passado e almejando o futuro,cheguei à conclusão de que não sou nada nem ninguém sem você...
A sineta toca, dando início a mais uma aula. Tem prova,mas não estou me importando muito. Esse é o menor dos meus problemas.
Ouço o professor explicar e explicar, mas não consigo me concentrar. A cabeça está longe, está nas palavras perdidas em lugar nenhum, está nas vozes vindas de ninguém.
Tento entender toda essa angústia, busco motivos para aceitá-la. Viajo no espaço, no meu infinito particular, mas é apenas uma viagem incompreensível e sem sentido. As vozes gritam, mas todos falam ao mesmo tempo e rápido demais, não dá para parar.
Entenda, eu realmente quero sair dessa situação, mas eu nao posso. Eu prometi. E, apesar da dor, é essa promessa que faz meu coração bater, o sangue pulsar nas veias, o pulmão respirar. As palavras fogem do controle, me escapam, me amam, me odeiam.
As minhas lembranças me sufocam, me prendem, me matam. Vou fazer uma lobotomia de palavras, e assim eu paro de respirar, e volto a viver.

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