domingo, 20 de junho de 2010

Aqui estou, mais uma vez, despindo-me num texto. Droga de impulsos idiotas que não consigo controlar. Mais uma folha desperdiçada, mais uma lágrima roubada, mais um suspiro atrevido. Enquanto meus estúpidos sentimentos tomam conta, acendo um cigarro, deito na cama e deixo a mente vagar, sem me concentrar num ponto específico. Qualquer lugar, qualquer pessoa, qualquer situação.  Imagens aleatórias de uma semi-vida comum, uma história entre tantas na multidão. E eu vejo, por trás de todos os sorrisos e olhares, algo frio, vazio. Choro, como uma criança que perdeu todas as suas bonecas, e depois me tranquilizo, como um viciado depois de uma picada de heroína.
Eu sei, que tudo já acabou, que tudo já passou; Mas não pretendo esquecer, meu doce sonho, doce pesadelo.

domingo, 13 de junho de 2010

Tic-toc
Tic-toc
Tic-toc
Os pulsos já sangram, a dor já está presente. As lágrimas já escorrem, a cabeça já lateja, o coração já está acelerado.
Então, é hora do consolo chegar.
Tic-toc,tic-toc,tic-toc
Eu só espero isso passar, espero a dor fisica ser mais forte, mas nada parece mudar. Espelhos refletem apenas um rosto, acabado, precisando dormir. Lágrimas escorrem dos olhos aos lábios, salgadas e dolorosas. Como um castelo de areia,com apenas um ato brusco, uma vida foi acabada, mais uma pessoa foi eliminada.
Não faz diferença sera primeira; o importante era ser a única. Mas,cheguei atrasada, não fui sua primeira paixão.
Tic-toc,tic-toc,tic-toc...

sábado, 5 de junho de 2010

Mein Herz Brennt

Meu coração queima, por conter coisas proibidas e impossíveis.
Meu coração queima, por não poder mais respirar.
Meu coração queima, porque não tem mais motivos para bater.
Meu coração queima, porque está devastado, cortado, mutilado.
Meu coração queima, por conter cacos, pequenos demais para serem consertados, mas grandes o suficiente para cortarem em tantas outras partes.
Meu coração queima, porque não tenho porquê viver.
Meu coração queima, porque não tenho mais você.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Leave away all the bad feelings

A lágrima não cai, o coração não se quebra, a boca reaprende a sorrir.
Isso se chama agonia?
Brinco de Deus com a sua vida, tento curar suas feridas, mas apenas as transfiro para mim.
Como isso pode se chamar felicidade?
Eu fico em pedaços quando te vejo sorrindo longe de mim, me mato aos poucos, sem saber direito a razão de estar assim. A estrada é longa, meus passos de criança são lentos, e somente agora consigo respirar. Mas o fogo ainda arde, as estacas ainda estão cravadas no peito,ainda sangro. Como uma hemorragia interna, me mata, escondido dos olhares alheios.
Nada vai fazer isso parar, nada vai me fazer esquecer. Como uma droga que me deixa cega, me engana o tempo todo, e agora estou mais perdida,e mais sozinha.
Nunca falo de morte,contudo, ela me persegue. A vida esvazia-se, o fio se quebra, a hora chega.
Adeus.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

...And I can't say "I love you"

O papel está em branco, esperando uma pronunciação. Linhas soltas tentam ordenar-se num texto, esforços em vão. Os verbos se exaltam, as preposições vão embora, os artigos dormem. Em revolta, tudo se dispersa, deixam tudo mais desorganizado ignoram a gramática. Fogem do ritmo contínuo, querem ousar, querem se arriscar. Sair do padrão, fazer a diferença, não ter sentido algum.
Sentir a emoção que envolve a escrita... Mostrar exatamente como ganham vida na mão dos poetas.
Podem vir os descrentes, podem vir os céticos; Estou armada com minhas palavras desconexas, e estou pronta para qualquer batalha e toda a guerra.
Isso fez algum sentido?