domingo, 31 de outubro de 2010

Condenada por um erro.
Toda a eternidade.
Quando todo esse sangramento começa?
Toda essa sujeira jogada aos olhos
Sem proteção, sem um caminho para voltar
Algo que faça tudo valer à pena...
Inferno, todo esse fogo me atingiu
Toda essa mágoa me perfura, eu não quero mais sentir, eu não quero mais sentir
Tão estúpido, um único tiro resolveria isso
Mas a covardia me impede até de ser covarde
Essa barreira de dor me impede de ver o mundo
Há quanto tempo, já nem sei mais
Perdia a noção das horas, dos dias
Quanto disso é possível suportar?
Coração partido, tão clichê e real
Dois pólos opostos querendo ocupar o mesmo lugar,
duas meias-verdades, duas mentiras, duas partes de um coração dividido em milhões de pedaços.
Droga de sentimentos confusos,
droga de cabeça que não sabe o que quer
Inferno! O que diabos eu quero?
O que diabos eu sou?

sábado, 30 de outubro de 2010

Quão masoquista uma pessoa pode ser? Quanta dor, por quanto tempo ela é capaz de procurar, e suportar dor?
Dúvidas, dúvidas. E eu penso, novamente, nada que um pouco de sangue não resolva. Impossível não acreditar que exista um pouco de inferno dentro do céu. Impossível não sentir cada marca, cada maldita lembrança.
Tão difícil resistir a esse pequeno sacrifício... Quantos erros divertidos, sedutores, excitantes.
Tão... doloroso.
É hora de recuar? Hora de seguir em frente, como uma bela covarde, e deixar o passado inacabado para trás?
É hora de fingir?
Sentimentalismo estúpido. Um dia, não sentirei absolutamente mais nada.
...

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Monocromia violentada

Um pouco de sangue, um pedaço de vidro, uma alma destruída.
Risos, risos, risos.
Finalmente liberta, nada de sonhos vazios ou falsas esperanças.
Enfim, a verdade.
Ela olhou-se no espelho. O que viu, foi só vazio.
Mas tanto vazio assim?
Quem ela estava enganando? O que tinha era só um corpo dentro de um mundo maldito! Oh, é realmente muito caridoso mentir para uma pobre garota, ver em seus olhos ela realmente acreditar. Ensiná-la a contar suas próprias mentiras,como um livro que deve ser lido página por página, bem devagar.
(Eu não vou parar de morrer. Não vou parar de mentir. E se você quiser, continuarei chorando. É pra isso que você sempre me quer?)
E agora, essa morte sozinha. Vazia. Exatamente como ela queria.
Já não sentia mais dor, nem paz, nem nada. Absolutamente nada.
Nada, nada, nada.
(Eu quero ver como são as suas entranhas, aposto como você não é bonita por dentro. Eu quero salvar seu coração, e quero ver como suas entranhas podem ser.)
E ela se destruiu e se reconstruiu, e todas as vezes, por todos os anjos, foram tão inúteis... Oh, um pedaço de carne jogada aos leões, negligência, solidão. 
Mas como ela poderia esconder tantas cicatrizes?
(Divirta-se com seu nada, divirta-se, yeah.)
Vazio no começo, e no fim. Quanta desordem.

domingo, 10 de outubro de 2010

Inside myself

Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, canções que me comovem, paixões que já nem lembro, perguntas sem respostas, respostas que não me servem, à constante perseguição do que ainda não conheço. Meu mundo se resume ao encontro do que é terra e fogo dentro de mim, onde não me enxergo, mas me sinto.
[Martha Medeiros]