Talvez um café?
Não, nada de cafeína.
Um chá, talvez?
Céus, acho que preciso dormir.
Um sorriso maligno toma conta da face no ato da escrita, como se um exorcismo estivesse prestes a acontecer. Mas nem todos os demônios do inferno, ou todos os anjos do céu, me fariam mudar de idéia agora.
Deus, Diabo... Tão sedutor.
E se eu ouvisse o que você tem a dizer? Você iria embora, me deixaria, ou insistiria nessa mentira? Buscaria prazer no ódio, na dor, tão intensa e louca, tão movimentada nessa noite, cheia de adrenalina e de nada pra dizer?
Tão cheio de vazio, tão cheio de...
Oh, são riscos a correr, você sabe. E é tão gostoso ficar preso nessas ilusões, tão irreal e tentador.
Entregue-se a mim querido, como um bêbado se entrega à bebida, como eu me entrego à escrita, meu vício irreal.
Desabar...
Escorregar nessa faca de dois lados, escolher o errado por acreditar, não que é o certo, mas que é o prazeroso... Entregar-se à essa loucura descomunal, sem pensar, mergulhar de cabeça num erro, gostar de solidão. Gostar disso, ah, eu não consigo me controlar, o som dessa guitarra enlouquece, mata.
Loucuras, é, eu gosto disso.
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