domingo, 25 de julho de 2010

Espere até a última gota de sangue escorrer dos olhos e pise fundo nesse acelerador.
Esqueça todas as lembranças boas, prefira as ruins.
Busque conforto em facas e canivetes, em venenos e cigarros, repita tudo de novo.
Um drinque, uma dose de heroína, seja covarde.
Cutuque todos os machucados com bastões em brasa, marque-se por inteiro, como um boi que vai para o abate.
Escreva seu nome no livro-negro da morte, sinta o câncer dilacerar seu pulmão, beba muito café, beba muita vodca.
Mate-se, mate-se, mate-se.
Pulsos sangrando, tudo tão clichê. Olhos que matam, mesmo sem querer. Escudos que movem-se contra o protegido. Lábios de sangue, anjos caídos.
Como num pequeno diálogo:"Você tá se matando!", "Então me deixa morrer."
Falas desconexas, pensamentos impulsivos, gritos lacinantes.
Prove-me que estou errada, sempre escondi os meus erros. Me faça de idiota, termine com seus tormentos.

Um comentário:

  1. texto lindo, adorei!!curti seu blog moça!!vou te seguir! se quiser, acesse o meu http://artegrotesca.blogspot.com

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