sábado, 31 de julho de 2010

Não há nada de concreto entre nossos lábios. Só um muro de batom e frases sem fim... Tudo se divide, todos se separam, nada é como parece ser. A diferença é o que temos em comum, como água e óleo, como sal e vinagre. Holofotes nos meus olhos, cegam mais do que iluminam. O escuro seria preferível, assim como o ódio é preferível à pena, ou a morte imediata é preferível à dor. Ninguém aqui está contente, ninguém aqui é culpado, ninguém aqui é inocente. Tanto que eu tinha pra falar, tanto que eu ouvi. Nem caiu e ficha, e já caiu a ligação. Eu estou esperando por uma resposta concreta, algo que me faça seguir em frente, algo que me faça matar, e morrer. Uma conclusão palpável, visível aos olhos. Entre raios e trovões, terremotos e vulcões, eu continuo respirando, continuo toda cortada por você.
Mas quem sabe... quem sabe eu inventei você, do jeito que achei melhor. Mas esqueci que era vida real. Não tinha crédito final.

Nenhum comentário:

Postar um comentário