domingo, 4 de abril de 2010

Meu infinito particular

Morte. Depressão. Ódio. Amor.
 Afinal, o que me dá forças pra continuar? Eu preciso sentir? Preciso mesmo continuar respirando? O que diabos tô fazendo aqui? O que estou fazendo de errado?
Doeria morrer?
Egoísmo.
E quem fica, o que faria? Doeria ficar?
Dor.
Cada lufada de ar que chega ao pulmão é um diferente tipo de dor. Um punho de ferro, uma facada, um tiro. É como se eu girasse em torno da minha dor, e não a dor em torno de mim.
Eu poderia esquecer, é claro. Esquecer seria tão nobre! Esquecer significaria uma segunda chance. De viver.
E seria realmente viver? Ora, não sejamos tolos.
Isso seria esquecer de viver.
Porém,eu ainda iria existir. Isso as faria felizes, de qualquer forma. As pessoas, quero dizer.
E então, o que fazer?
Questão única, poderosa, definitiva. Única escolha, única aposta, dupla opção.
E claro, o medo de errar.
Não medo de morrer, nada disso. Morrer é indolor. É medo das coisas que ficam pra trás, das coisas que se pode perder.
Perder, perder, perder. Sempre com a doce ilusão de ganhar. Inútil esperança, inútil amor, inútil vida.
No final, tudo será rápido.
Fácil. Tranquilo.
E não haverá escolha. Apenas aceitação.

2 comentários:

  1. Foi você quem criou?

    Divulgue seu blog e terá mais leitores.

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  2. Muito bom seu texto!
    Vc ja pensou em organizá-los e editá-los como uma publicação?
    Vc explora muito bem os sentimentos sombrios, usa as palavras certas.
    Vlw

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