domingo, 22 de maio de 2011

 Ele se foi, e ela permitiu-se ser feliz. Buscou felicidade nos passos da dança, nas aventuras da literatura, na arte da escrita, nas ondas da música, sem nada encontrar. Dispensou segredos, aceitou bebidas, cigarros, filmes sem conta. Até tentou um ou dois namorados, mas ali não  havia nada também. Decidiu, então, que o não fazer e a solidão eram a mais fina forma de felicidade, e assim seguiu.
   Se nada faltava, por que esse sentimento indefinido a corroía?
   Cansou-se de procurar respostas. A arma disparou no dia seguinte. A morte era a felicidade.

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