domingo, 15 de maio de 2011

  E por que eu deveria confiar em você, conversar com você? São dois estranhos vivendo numa casa, quatro paredes insuportaveis, uma jaula que parece diminuir a cada maldito dia que passa. Eu estou tentando tanto, é visível, mas e quanto a você? O que irá fazer a respeito disso? E dessa vez, eu falo sério. Estou cansada de não sentir nada, ou de sentir demais. Se essa história não tiver fim, o fim será nosso. Nós pereceremos. Não precisamos nos destruir... Basta de mortes e mortes e mortes, todos os dias, todas as horas. Mal conseguimos nos olhar, e arrependimento sincero não vai mudar a situação. Essa relação é nosso veneno, baby. Estragou-nos, acabou com quem éramos. E éramos tão bons! Não havia lutas invisíveis, havia somente a rotina, que era boa conosco. Havia somente a procura pela paz, não essa guerra interminável, em que ambos perdem. Não haverá vencedores. 
 Será que morremos no momento em que nos conhecemos? No maldito momento em que nos tocamos? 
 Será que estamos mortos, pesos na terra, enquanto outros querem viver?

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