terça-feira, 28 de dezembro de 2010

The Jetset Life Is Gonna Kill You

Estou precisando de uma dose de loucura. Aliás, uma dose farta, nada saudável. Fechar os olhos, abrir a mente e divagar. Hm, só o pensamento já me faz sorrir, maliciosamente, deliciosamente. 
Então.
A noite.
Começa.
Um som, um piano violento ao fundo, um copo de vinho, nosso sangue ruim junto, transmutado, alterado. Se aproxime mais, não fique acanhado, tome um gole de vinho. Sussurre em meu ouvido o que eu quero ouvir. Me peça. Se dê. Me puxe, me jogue de lado, recomponha-se, onde estão seus bons modos?
Ah, a idade da inocência, tão acesa em seus olhos, tão forte em cada ação. Vejo as gotas de suor brotarem em sua testa, e suas mãos querendo se mover, querendo me pegar novamente. Vejo de soslaio seus passos chegarem perto, te sinto, sua áurea, tão intenta, seu desejo mascarado de vergonha, sua voz embargada de emoção. Não se aproxime, não será bom, essa doença está nos matando. 
Não vamos ficar longe nunca?
E se tudo o que eu mais quiser, eu não puder ter? E se quisermos tanto um ao outro que, de repente, nada mais vai ter sentido, e pereceremos? Você aceitaria seu pedaço de inferno, como aceitei o meu?

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