segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Das falsas orações

Não, eu não estou paranóica quando digo que estou longe de você. Não estou drogada quando digo que isso não tem futuro. Nem sequer estou bêbada quando digo que você não tem mais salvação.
E então, o que vai ser, hein?
São apenas dias.
Apenas vidas.
Apenas eu.
E o que faremos com essa informação?
Escutemos a palavra sagrada, escutemos apenas; Deixemos de lado todo nosso falatório sem sentido, escutemos, senhor, suas palavras tão indignas de atenção. Belas palavras mentirosas, bela manipulação alheia. Nos diga o que esperar amanhã, faça nossa vida à seu gosto, somos seus bonecos, seus escravos, mande-nos, faça-nos, nos mostre nossa destruição. Nos cale com sua força, nos mate com seu poder, nos ressuscite com sua glória. 
Me mostre onde a verdade significa mentira, me mostre seus doces olhos vazios, me deixe vazia também. Mostre-me toda a dor existente no mundo, me mostre todas as desgraças, todas as infelicidades. Passe-as todas para mim. Livre o mundo de todo o mal, amém.
Cada dia mais ridículo, cada dia mais hipócrita.
Quem é o seu senhor?

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