segunda-feira, 10 de maio de 2010

Um punhado de folhas secas jaz em minha mão. Despedaço-as, pensando vagamente que meu coração poderia estar ali e ninguém perceberia a diferença, tamanha era a semelhança do ato de despedaçar.
Um soluço incômodo brota na garganta, ansioso, querendo se libertar. A quietude é tão intensa e desejada que não ouso quebrá-lo com minhas manhas e caprichos. O barulho da chuva é meu único amigo no momento, e eu penso em como seria bom se isso durasse por um tempo infindável.
Não há mal nenhum na solidão; Ela acalenta,como uma mãe preocupada. Ela não te abandona. Te dá paz.
Por que as pessoas não a buscam,então?
O ser humano parece achá-la deprimente; não conseguem ver a beleza por trás da melancolia, não entendem o seu real significado. Não vêem a sua imortalidade, a sua poesia.
Felizes são aqueles que são solitários por natureza; conseguem entender a essência de tudo, sabem apreciar, amar.
Felizes aqueles que se conhecem, e que sabem conviver consigo mesmo, passando assim a ignorar todasas fraquezas humanas.
Felizes aqueles que são seus próprios heróis.

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