quinta-feira, 28 de abril de 2011

   Não posso me desculpar. Estou apenas com um coração adoecido, uma mente enlouquecida e uma alma podre.  Isso não significa que eu seja culpada. Podem me culpar por tal insanidade, mas não por meus erros. Gostaria tanto de ser como vocês... Mas eu me enganaria o tempo todo, e só o que vocês sabem fazer é mentir.  Quem será o carrasco que me condenará por fugir de mentiras? Não posso fugir do que sinto, estes pensamentos suicidas estão entranhados em mim, solitários, vingativos, esperando o momento certo de agir. Sou uma fera ferida. Não posso simplesmente me ignorar, mas também não posso ignorar vocês, então, o que querem que eu faça? Já estou desistindo de tudo, estou desistindo da minha vida! 
 Qual será a próxima crueldade? Não podem mais me atingir. Já cheguei ao ápice dessa dor, que dilacera tudo por onde passa. Cérebro, nervos, coração... De que vale tudo isso? Qual será o fim de toda essa batalha épica que travamos há tantos anos? 
  Luto contra vocês ou contra mim? Corro de vocês ou corro de mim?
  Ah, doce ilusão da inocência. Volte, e me traga a felicidade outra vez.

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