domingo, 9 de janeiro de 2011

Uma mancha que nunca sai do lençol

Que vontade de te ter aqui de novo... sentir seu peso morno em cima de mim, ouvir as batidas do seu coração, te olhar até cansar, sentir o cheiro da sua pele, te tocar, ser tocada por você. Que vontade de ouvir você falar bobagens, e te beijar só pra você calar a boca, e rir depois. Que vontade de poder dizer "eu te amo" bem perto do seu ouvido, e de pensar na dor que vai vir depois, quando eu sei que não ouvir isso de você. Que vontade de te apertar inteiro, te morder inteiro, de mover montanhas por você. 
Mas no fundo eu sei, eu sei querido, que eu quero a dor que me causas o tempo todo. A dor que me causa quando me despreza, é o que faz com que eu busque você. A dor que eu sinto quando te vejo com outras é o que me faz querer ser a única. Como é bom ser odiada por você, meu amor. Como é bom eu me odiar por você.
E então eu busco mais, e mais, e mais. Chego ao ápice, enquanto você só observa. Sente seu poder. Aproveita-o. Joga-o em mim. Faz de mim o que quer, e eu quero que você mande tudo. Preciso cada dia mais da dor que você me proporciona, preciso cada vez mais dessa agonia gigantesca que me consome quando estamos juntos. E preciso do medo, de te perder, e de ter você. Me dê toda a dor do mundo... Me faça querer nunca ter nascido, me faça querer morrer sucessivamente, por dias e dias, não deixe o efeito passar.
Então, consegue ver o quanto eu amo você?

Um comentário:

  1. Os nossos encontros são feitos de desencontros de espaços que aproximam as distâncias,nos fazendo perceber que há algo a ser admirado,uma beleza que nos cega antes de podermos tocá-la.

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