segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Uma biografia

A rotina volta, com força total. Mais um dia normal: trabalho, escola, casa...
É tão absurdamente monótono que chega a ser reconfortante. De um modo deprimente, mas ainda assim consolador.
  Uns dizem que é pessimismo, outros, realismo, e alguns até mesmo drama. Mas a verdade é que eu sonho, o tempo todo. São pequenos delírios enlouquecedores, tiros no escuro, um mundo desconhecido e incolor. A imaginação começa nos olhos, continua no sorriso e é concluída nas mãos que seguram esta caneta, que escrevem bobagens sem parar. E os olhos, que inicial esta parábola, são distraídos, e procuram respostas em detalhes insignificantes. Criam escudos para o coração, que tenta à todo custo se manter longe dessa guerra diplomática, sem saber que é só mais um beco sem saída...
É uma dívida paga todos os dias com juros altíssimos. Um pouco de dor insuportável, um pouco de agonia, não é suficiente por tudo o que foi dado antes, por tudo o que foi concebido.
Bênção?
Maldição?
Um terrível engano, talvez. Enquanto peças contraditórias se encaixam, o mundo explode, sacaneia, desgraça. Deus ou o Diabo, anjo ou demônio, que diferença faz? Tudo se mistura, vira um só e busca vingança, ah, a doce vingança, que entra por debaixo das portas, atravessa as paredes. Uma fissura, seguida de alucinações, loucuras e desejos há muito enterrados, saem à escuridão da noite para se satisfazerem, tanta dor, tanto prazer, oh...
Mais um texto distraído.
Quantos mais até eu aprender?

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