sábado, 18 de junho de 2011

  Sei que as coisas não vão ficar bem, é claro, elas nunca ficam. Mas esse atolamento de fatos foi desnecessário. Não precisava saber, por exemplo, o quão apaixonado você está. Deus, essa coisa de melhor amiga é um saco, será que isso não é suficiente para provar todas as vezes que eu disse que não existe nenhum ser divino? Ou talvez exista, e ele tenha um senso de humor perverso. E com certeza ele gosta de matar aos poucos, diverte-se com isso, mas, a quem quero enganar? Me divirto enquanto me mato também. Eu preciso de dor para sobreviver,  e o simples fato de uma dor maior substituir a outra quando passa é a simples prova disso. Felicidade e paz de mente não foram feitas para mim. E sempre digo, seja uma boa garota, não siga seus instintos, mas esqueço no dia seguinte meus avisos próprios e lá estou eu, me cortando, cega, sem uma lágrima sequer. E cigarros, é claro. Maços e maços de cigarro. Digo, quando comecei a fumar? Quando passei a fumar tanto? Aos vinte já terei um câncer. Aos trinta, meus pais enterrarão meu corpo. É como se todo o meu futuro ja estivesse programado por esse pequeno diabo em minhas mãos, esse diabo que está em todos os detalhes. 
   Faremos o seguinte: Dormiremos até amanhã, depois beberemos uma boa dose de Whisky de um malte, oito anos, e então, somente então, procuramos a dor de novo.
  Fechado?










Deus, como isso dói

Um comentário:

  1. Seus textos me deixam sem palavras,por isso deixo algumas que não são minhas

    Todos os seres são infelizes; mas quantos o sabem?
    Deus é um desespero que começa onde todos os outros acabam.
    O limite de cada dor é uma dor maior.

    Por necessidade de recolhimento livrei-me de Deus, desembaracei-me do último chato.
    Obrigado pelos seus textos sempre que possível retornarei
    A fúria da líbido

    ResponderExcluir